Inscrições abertas para Grupo de Ajuda Mútua da UMAR para Mulheres com Cancro da Mama |

Neste difícil contexto pandémico de Covid-19 em que nos encontramos, o acesso aos apoios e cuidados de saúde dificultou-se, potenciando o menor acesso à informação e à vivência (ainda mais) solitária do cancro da mama.
Neste sentido, a UMAR lança em Janeiro de 2021, o Grupo Online de Ajuda Mútua a Mulheres com Cancro da Mama, que visa apoiar estas mulheres a partir de casa, com suporte emocional e informativo, diminuindo assim o sofrimento e isolamento aumentados perante a situação actual.
A equipa coordenadora é composta por um grupo voluntário de mulheres que vivenciam/ram cancro da mama e/ou que têm uma formação técnica associada aos cuidados a mulheres com esta patologia.
Se tem cancro da mama, sente-se sozinha na vivência desta doença, e gostaria de ter suporte emocional de outras mulheres que passaram pelo mesmo, não hesite, contacta-nos e participa connosco neste Grupo Online de Ajuda Mútua para Mulheres com Cancro da Mama da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta.
As sessões online serão semanais, às 4.ªs feiras pelas 19h na plataforma Zoom, com início a 10 de Fevereiro.
As inscrições abertas e gratuitas, para o e-mail:
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INACEITÁVEL A SITUAÇÃO VIVIDA PELAS RECLUSAS DE TIRES |
COMUNICADO DE IMPRENSA DA UMAR
A situação na prisão de Tires, com 128 reclusas, seis guardas e uma enfermeira infetadas com COVID-19, veio mostrar existir grave negligência das autoridades prisionais neste estabelecimento.
Falharam as medidas de prevenção à COVID-19 e, em particular, faltaram produtos de higienização das celas, assim como itens de higiene íntima.
Para agravar esta situação, as autoridades prisionais tomaram medidas inaceitáveis, como atrasos no fornecimento de refeições, recusas de acesso de advogados/as às detidas e isolamentos de 22 horas nas celas, em clara violação dos direitos destas mulheres.
Este desrespeito pelo direito à saúde das detidas estendeu-se, no dia 6 de novembro, à decisão judicial que enviou para a prisão de Tires 3 mulheres, uma delas grávida, com elevado risco de serem contaminadas, dado o surto de COVID-19 existente neste estabelecimento prisional.
É lamentável o silêncio do Ministério da Justiça e do Ministério da Saúde, perante este surto de COVID-19 em Tires.
A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta exige que sejam apuradas as responsabilidades das autoridades prisionais, que sejam repostos os direitos das detidas e que sejam garantidos o acesso aos protocolos de higienização pessoal e das celas, refeições a tempo e horas, medicamentos e suplementos vitamínicos às grávidas e repostos os direitos de contacto com advogados/as.
É inaceitável o que se tem vindo a passar com as reclusas de Tires, com contornos de desrespeito pelos direitos humanos. As mulheres que vivem naquele estabelecimento prisional são seres humanos, cuja garantia de acesso às condições de saúde tem de ser assegurada pelas autoridades competentes.
Comunicado aprovado em Assembleia Geral da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta de 8 de novembro de 2020. |
Diagnóstico Social pela Igualdade de Género em Santa Cruz / Madeira |

O diagnóstico social pela igualdade de género no concelho de Santa Cruz foi elaborado pela UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta com o apoio da Câmara Municipal de Santa Cruz, na Região Autónoma da Madeira.
A recolha dos questionários, alguns em papel e a maioria através dum formulário online, decorreu entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, seguida do tratamento dos dados estatísticos e elaboração do relatório. Ao todo, participaram 535 pessoas do concelho de Santa Cruz, das quais 395 são mulheres e 140 homens, havendo uma maior recetividade por parte das mulheres.
Este estudo possibilitou a realização de um retrato sociológico da situação comparada entre mulheres e homens no concelho de Santa Cruz, permitindo identificar e mapear situações de desigualdades sociais e de género. Através das conclusões, será possível produzir planos, políticas sociais e medidas para a progressiva eliminação das desigualdades entre mulheres e homens.
O diagnóstico foi realizado antes da pandemia COVID-19, sendo necessário mencionar que muitas das situações de desigualdade de género, assim como de desigualdade social e económica se têm agravado no decurso da mesma. Futuramente é imperativo auscultar a população para perceber quais as categorias mais afetadas e ajustar a intervenção e políticas sociais às necessidades das mulheres e homens de Santa Cruz.
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NOTA DE REPÚDIO - PROFESSORES COMO ESTE NÃO PODEM LECCIONAR NEM ELABORAR PROGRAMAS CURRICULARES |
A UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta repudia e denuncia os conteúdos da unidade curricular "Direito Processual Penal III" da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, pelo uso de expressões como "tribo vítima: a mulher", "tribo aliadas: LGBT", "tribo bode expiatório: o homem branco cristão e heterossexual", "violência doméstica como disciplina doméstica", "aproveitamento do género feminino: em especial o paradoxo do feminismo marxista" e "o extermínio das tribos bode expiatório do iluminismo (os cristãos) e dos socialismos de género e identitário (os homens brancos heterossexuais)".
Acresce ainda que o Professor autor do programa citado está a ser julgado por crime de violência doméstica e que tem proferido, em tribunal, expressões de promoção de ódio contra as feministas, tais como: "Morte a todos os feministas" e "Morte à escolha de professoras feministas para as entrevistas de admissão ao CEJ".
Após a remoção do programa do site da universidade para debate interno, a UMAR apela a que a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e a sua Direção tenham em consideração o caráter misógino, machista e xenófobo do mesmo e procedam à sua restruturação. No ensino superior não pode haver espaço para discursos de ódio! Não se pode permitir que a base científica dos programas curriculares seja deturpada por perceções pessoais fora dos contextos atuais e das próprias leis constitucionais que consagram direitos inalienáveis." |
44 anos da UMAR - Com a Memória se constrói o Futuro |
Sempre assumimos o nosso passado e sentimos orgulho em ter nascido das lutas das mulheres nos períodos revolucionários após o 25 de abril.
Porque foi aí que a esperança de mudança nas nossas vidas foi mais forte.
Não nascemos como uma associação feminista, porque pouco sabíamos da história dos feminismos, nem dos seus diversos contornos, tal tinha sido o obscurantismo de 48 anos de ditadura fascista, onde o feminismo de primeira vaga tinha ficado diluído na luta antifascista.
Por isso, o nosso nome era União de Mulheres Antifascistas e Revolucionárias.
O nosso logo teve a mão de uma artista feminista brasileira, falecida há pouco tempo, que pertencia à ala revolucionária e comunista das lutas no Brasil no tempo dos Generais: Tereza Costa Rego.
As nossas lutas faziam parte dos quotidianos das mulheres nos bairros pelo direito à habitação, nas fábricas pelo emprego com direitos, nas escolas pelo direito à igualdade, nas herdades ocupadas no Alentejo pelo direito à participação em igualdade com os homens, na saúde pela contraceção e aborto seguro.
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Webinário do 44.º Aniversário da UMAR: Com a Memória se constrói o Futuro |

No Sábado, 12 de Setembro de 2020, a UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta completará 44 anos. Assinalaremos este aniversário, com a organização no dia 12 de Setembro às 16h00, do Webinário "UMAR 44 Anos de Vida. Com a Memória se constrói o Futuro" na plataforma Zoom. Será um especial momento de encontro, homenagem e de reflexão.
Este evento online é de livre acesso, aqui: https://zoom.us/j/91541280818, ID da reunião: 915 4128 0818
PROGRAMA DO WEBINÁRIO:
Vídeo sobre a história da UMAR
Intervenções:
» Maria José Magalhães, Presidente da UMAR
» Frederica D'Armada, Ilda Afonso e Teresa Sales s/ ANA PAULA CANOTILHO; » Idalina Rodrigues, Jorgete Teixeira e Manuela Tavares s/ CONCEIÇÃO PEREIRA; » Adriana Gomes, Francisca Ferreira e Manuela Tavares s/ MARIA DO CARMO BICA; » Carolina Moreira, Janica Lopes, Joana Ralão, Sara Anselmo, Tatiana Mendes
Intervenções das convidadas:
» Anália Torres (co-fundadora da UMAR); » Luzia Oca (Galiza), apresentada por Maria Dovigo; » Idalina Freire (Cabo Verde/OMCV), apresentada por Joana Sales
Momento musical:
» Adriana Gomes
Moderação: Ana Guerreiro |
Femicídios em Portugal durante a pandemia COVID 19 |
Considerando o período pandémico que vivemos, e o enorme impacto que sabemos ter na vivência das mulheres vítimas de violência doméstica, o Observatório das Mulheres Assassinadas analisou separadamente os femicídios durante o período de confinamento. Assim, no relatório "Femicídios em Portugal durante a pandemia COVID 19", analisaram-se os dados de femicídios, tentativas de femicídios e ameaças de morte publicadas nos media entre os meses de março e maio 2020. Este relatório está disponível em Português e Inglês.
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Femicide in Portugal during the COVID-19 pandemic »» |
Carmo Bica (1963-2020), uma dor irreparável! |

Sorriso aberto e irradiante, quando falava das causas em que acreditava. Olhar vivo de menina atenta ao que a rodeava. Irreverência contagiante. Mulher guerreira, Sensível às injustiças e aos atropelos à democracia. Mulher de muitas lutas e várias causas com olhares de esquerda sobre o mundo e a sociedade. Sensível aos problemas das mulheres rurais e às desigualdades no interior do país, onde tem as suas origens familiares, em Vouzela. Engenheira agrícola, com ela aprendíamos muito sobre agricultura, silvicultura, florestas, sobre uma visão do mundo rural baseada num desenvolvimento local com o envolvimento das populações. Feminista, porque para ela a força da mudança estava nas mulheres. Mulheres de vários setores sociais, nunca se esquecendo das camponesas, das mulheres que faziam uma agricultura de subsistência sem quaisquer apoios. Por isso dizia-nos, às feministas mais urbanas: não se esqueçam delas!
Querida Carmo, Não nos vamos esquecer das tuas ideias, das tuas palavras, da tua força, das tuas convicções, mesmo quando difíceis de concretizar. Porque para ti as barreiras, os obstáculos eram para ultrapassar. Que o teu exemplo perdure entre nós para todo o sempre!
*Maria do Carmo Bica era associada da UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta tendo colaborado em atividades tais como a sessão com mulheres de zonas de rurais em São Pedro do Sul (2019) ou como autora do texto "As Múltiplas Discriminações das Mulheres: Na Agricultura e Desenvolvimento Rural" para o livro "As Vozes que se Entrecruzam" do projecto Memória e Feminismos da UMAR, lançado em 2020.
Também esteve connosco em manifestações em Lisboa contra a violência sobre as mulheres (25 nov 2019), no 8 de março de 2020 e na última Assembleia Geral Ordinária da UMAR, a 21 de junho.
A Direção da UMAR 18 de agosto de 2020 |
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