Inaceitável a penalização de médicos/as cujas utentes feito IVG e/ou tenham DST's |

A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta considera inaceitável o critério de avaliação dos/as médicos/as de família que os/as penaliza no caso de suas utentes terem feito uma Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) ou de terem doenças sexualmente transmissíveis.
Ambos os critérios são inadmissíveis e persecutórios dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
É afirmado, no próprio documento produzido pela Administração Central de Saúde e validado pela DGS – Direção Geral de Saúde que o objetivo é "diminuir o número de gravidezes indesejadas".
Isto é algo de perverso, quando sabemos que o número de abortos tem vindo a diminuir, desde a aprovação da lei que em 2007 despenalizou o aborto até às 10 semanas. Concordamos com a posição da Federação Nacional dos Médicos que contesta este critério.
Somos a favor do Planeamento Familiar e se existem falhas é porque faltam médicos/as nos Centros de Saúde.
Além do mais, mesmo que uma mulher faça contraceção acompanhada pelo/a médico/a, podem surgir situações de gravidezes indesejadas e as mulheres têm todo o direito a utilizar a lei da IVG. Não pode ser pressionada pelo/a seu/sua médico/a a não interromper a gravidez, só porque essa situação possa ser penalizadora na sua avaliação. Da mesma forma que não devem ficar excluídas da prevenção das DST/IST, quando esta tem de ser reforçada.
Exigimos que o Ministério da Saúde não aceite estes critérios! Numa sociedade democrática e livre não podemos aceitar nenhum passo atrás.
UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta |
O 25 de abril de 1974 está na génese da UMAR. A insubmissão continua presente! |

As mulheres que saíram à rua no 25 de abril de 1974 e nos dias e meses seguintes traçaram um caminho de força, reivindicação e insubmissão que se traduziu em 1976 na formação da UMAR. Muitas dessas mulheres, que estiveram na ocupação de casas porque queriam uma casa digna para viver, que gritaram nas manifestações "Casas Sim, Barracas Não", que autogeriram fábricas abandonadas pelo patronato, que estiveram nos cursos de alfabetização, a ensinar e a aprender, ajudaram a formar a UMAR, na altura designada por União de Mulheres Antifascistas e Revolucionárias.
Neste ano, em que a publicação das Novas Cartas Portuguesas perfaz 50 anos, queremos erguer a memória em relação a esta obra ímpar da literatura portuguesa e dos feminismos em Portugal. Queremos, ainda, saudar todas as mulheres, que nestes últimos 48 anos, se têm envolvido nas lutas pela defesa dos direitos das mulheres e contra as suas múltiplas discriminações. Contudo, existem ainda muitas e muitas mulheres que, nos tempos atuais, se sentem discriminadas, injustiçadas, sem acesso a questões fundamentais como o direito a uma habitação digna, com vidas precárias, sujeitas a violências que podem culminar em femicídios.
É por essas mulheres que a UMAR quer continuar a lutar. É contra os retrocessos que o conservadorismo quer impor que nos queremos mover. É para dar mais força aos feminismos plurais dos tempos atuais que agimos. É para apoiar os caminhos de insubmissão e de autodeterminação das mulheres que existimos.
A Direção da UMAR 25 de Abril de 2022 |
Formação de Formadores/as para obtenção de especialização em Igualdade de Género |

NOVAS DATAS
O FORUMAR Lisboa irá promover uma ação de "Formação de Formadores/as para obtenção de especialização em Igualdade de Género" (72h) de 23 de maio a 3 de agosto de 2022 e ministrada pelas formadoras Manuela Tavares e Inês Coelho da UMAR.
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8 DE MARÇO UM GRITO DE REVOLTA PELA DEFESA DA PAZ E DA NOSSA CASA COMUM - O PLANETA TERRA |
No dia 8 de março a UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta vai estar nas marchas e manifestações contra todo o tipo de discriminações, na luta contra o machismo, o racismo, a lesbofobia, solidarizando-se com as mulheres de todo o mundo, na greve feminista e em todas as ações que defendam os nossos direitos.
Insurgimos-nos contra a guerra e a invasão da Ucrânia e contra este sistema de guerra permanente em que vivemos, com conflitos localizados em regiões que são sacrificadas em prol da acumulação de poder por parte das superpotências. Como tem acontecido em muitos outros lugares do mundo, são sempre os povos, especialmente as mulheres, as pessoas LGBTQIA+, racializadas, as crianças e as pessoas mais velhas quem mais sofrem, devido ao mesmo sistema patriarcal que manda os homens para as guerras e que os mata. O mesmo sistema legitimado pela NATO, que vê nesta guerra uma oportunidade para se reforçar e para defender a corrida ao armamento, cujos gastos serão pagos por todas e todos nós. Bem sabemos que aqui não há "maus", nem "bons" mas sim interesses políticos, militares e económicos que são colocados à frente de vidas humanas e da vida do planeta.
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MANIFESTO FEMINISTA - LEGISLATIVAS 2022 |
Aproximam-se as eleições legislativas, um momento importante para que todos os partidos políticos democráticos se comprometam com medidas para uma efetiva Igualdade de Género e de luta contra as várias formas de violência e todo o tipo de discriminações.
Alguns direitos e medidas já se encontram estabelecidas no ordenamento jurídico português, porém não são, muitas vezes, aplicadas na íntegra ou não se refletem nas práticas sociais e institucionais.
Nos últimos anos, vários Planos de Ação pela Igualdade e contra a violência doméstica e de género, assim como a atual Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação (ENIND) 2018-2030 – Portugal + Igual, têm traçado um conjunto de medidas importantes para alcançar a igualdade. Contudo, a sua aplicação ainda carece de uma efetiva lente interseccional que tenha em conta diferentes pertenças das pessoas, no que toca ao género, à raça, à etnia, à classe, à idade, à orientação sexual, à identidade e expressão de género, à diversidade funcional, à origem/nacionalidade, entre outras, e que as coloca em diferentes posições/níveis de privilégio e opressão.
A situação de pandemia prolongada em que temos estado mergulhadas/os, tem trazido consequências penosas para a vida das mulheres, na sua multiplicidade de situações e discriminações. Estas consequências vão prosseguir, sendo, por isso, fundamental que, nas diversas áreas sociais, económicas e culturais se tracem medidas que tenham em consideração esta realidade, assim como as formas de combater as vozes neofascistas e negacionistas que se procuram instalar na sociedade.
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Observatório de Mulheres Assassinadas - Dados 2021 |
A União de Mulheres Alternativa e Resposta - UMAR, dando continuidade ao trabalho que desenvolve no âmbito do Observatório de Mulheres Assassinadas - OMA apresenta o relatório final dos dados sobre os femicídios e assassinatos de mulheres (consumados e tentados) ocorridos em Portugal no período entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2021.
Entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2020 foram 25 mulheres assassinadas, tendo sido 14 vítimas de femicídios e 11 mulheres assassinadas noutros contextos. No que diz respeito às tentativas, contabilizaram-se em 2021, 58 tentativas de assassinato, sendo destas 43 tentativas de femicídios e 15 tentativas de assassinatos noutros contextos.
RELATÓRIO FINAL 2021 (1 de janeiro a 31 de dezembro de 2021)
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Manual de Boas Práticas para Profissionais no Atendimento a Vítimas de Violência Sexual do projecto VIVA da UMAR |

O presente Manual de Boas Práticas para Profissionais no Atendimento a Vítimas de Violência Sexual surge no âmbito do Projecto VIVA - Vê, Informa-te, Vai e Age financiado pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE), região Norte, tipologia de intervenção 3.16 - Apoio financeiro e técnico a organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, gerido pela UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta e decorre da necessidade sentida de trabalhar a prevenção da violência sexual.
Pretende constituir-se como uma referência de boas práticas e é especialmente dirigido a profissionais das várias áreas que podem contactar com vítimas de violência sexual, tanto no atendimento como no apoio.
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#45anosUMARfeminismos
Na sequência da publicação de entrevistas feitas às co-fundadoras da UMAR, integradas no ciclo Memórias de Fundadoras, no âmbito da celebração do 45º aniversário da nossa Associação, partilhamos em baixo as entrevistas realizadas a Manuela Tavares, Rosa Custódio e Guida Vieira.
#3 Manuela Tavares entrevistada por Inês Coelho

Ver aqui: https://youtu.be/2AF0rU4atYA
#4 Rosa Custódio entrevistada por Janica Ndela

Ver aqui: https://youtu.be/_mM8EVgq7oQ
#5 Guida Vieira entrevistada por Maria Francisca Ferreira

Ver aqui: https://youtu.be/iIr0ooVKnUI |
Observatório de Mulheres Assassinadas Dados 2020 |
A União de Mulheres Alternativa e Resposta - UMAR, dando continuidade ao trabalho que desenvolve no âmbito do Observatório de Mulheres Assassinadas - OMA apresenta o relatório final dos dados sobre os assassinatos e femicídios (consumados e tentados) ocorridos em Portugal no período entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2020.
Entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2020 foram 35 mulheres assassinadas, tendo sido 19 vítimas de femicídio em contexto de relações de intimidade e 16 mulheres assassinadas noutros contextos (nomeadamente na sequência de desavenças por questões financeiras, conflitos com vizinhança ou na sequência de assaltos).
No que diz respeito às tentativas, contabilizaram-se em 2020, 57 tentativas assassinato, sendo destas 50 tentativas de femicídios nas relações de intimidade e 7 tentativas de assassinato de mulheres noutros contextos.
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Dados preliminares 2020
Entre 1 de janeiro e 15 de novembro de 2020 foram 16 as mulheres vítimas de femicídio em contexto de relações de intimidade, e 14 as mulheres assassinadas noutros contextos (nomeadamente na sequência de desavenças por questões financeiras, conflitos com vizinhança ou na sequência de assaltos).
No que diz respeito às tentativas, contabilizaram-se, até agora em 2020, 43 tentativas de femicídios nas relações de intimidade e 6 tentativas de assassinato noutros contextos.
Infografia dados preliminares 2020 »»
Femicídios em Portugal durante a pandemia COVID 19
Considerando o período pandémico que vivemos, e o enorme impacto que sabemos ter na vivência das mulheres vítimas de violência doméstica, o Observatório das Mulheres Assassinadas analisou separadamente os femicídios durante o período de confinamento. Assim, no relatório "Femicídios em Portugal durante a pandemia COVID 19", analisaram-se os dados de femicídios, tentativas de femicídios e ameaças de morte publicadas nos media entre os meses de março e maio 2020. Este relatório está disponível em Português e Inglês.
Femicídios em Portugal durante a pandemia COVID-19 »»
Femicide in Portugal during the COVID-19 pandemic »» |
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