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8 de março dia internacional das mulheres - Dia de muitas lutas e resistências
O 8 de março tem sido, ao longo dos anos, o dia em que as mulheres se juntam para reforçar a luta pelos seus direitos.

Tanto no passado como no presente, as mulheres foram e são as mais fustigadas pelos diversos sistemas de opressão e exploração. Por isso, denunciamos discriminações e diferentes formas de violência a que nos sujeitam, mostrando a força que nós, mulheres, podemos e devemos ter nas sociedades.

A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta saúda o movimento da Greve Feminista Internacional pelo sentido de luta e resistência que ele significa.

O 8 de março de 2023 situa-se num mundo onde a guerra destrói vidas e traz para as mulheres e crianças o medo, a fuga, a fome, as violações.

O 8 de março de 2023 insere-se nas lutas pelo ambiente, contra a destruição do Planeta, pela emergência climática. Porque são as mulheres de várias regiões do mundo quem mais sofre com as secas, a falta de água, os sismos, a destruição de culturas pelas cheias avassaladoras. Por isso, elas e as suas crianças são a maioria das pessoas refugiadas climáticas.


A não aplicação da lei da interrupção voluntária da gravidez, por parte de alguns hospitais que encaminham mulheres para respostas a longas distâncias e sem tempo útil para interromper a gravidez conduz a um boicote à lei, que não pode ser admitido.

Segundo o Observatório das Mulheres Assassinadas, todos os anos são assassinadas em média, no nosso país, duas mulheres em cada mês. De 2004 a 2022 foram assassinadas às mãos de maridos, companheiros e namorados mais de meio milhar de mulheres, mesmo que tais ligações já tenham sido rompidas.

A violência nas relações de intimidade, a violência sexual, o assédio sexual no trabalho, nas ruas e nas universidades, as violações, mesmo dentro do casamento, são as consequências, nem sempre visíveis, das raízes patriarcais da sociedade em que vivemos, que promovem o machismo e o conservadorismo.

Esse conservadorismo de extrema-direita coloca em causa os direitos das pessoas imigrantes e de outros grupos subalternizados como pessoas negras e racializadas, lésbicas, bissexuais, trans e pessoas não binárias de género. Este conservadorismo quer formatar cabeças num pensamento único, onde não cabe a liberdade de pensar e de agir. Não reconhece a diversidade humana!

Em termos económicos e sociais, esta sociedade continua a provocar desigualdades e discriminações graves: as inadmissíveis diferenças salariais entre mulheres e homens; o agravamento das condições de vida que afeta especialmente as mulheres; as barreiras a uma vida autónoma por parte das pessoas com deficiência e a falta de respeito pelos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e raparigas com diversidade funcional; as precariedades laborais e no acesso a uma habitação digna e acessível; a marginalização a que estão sujeitas as mulheres trabalhadoras do sexo, a quem não são
reconhecidos direitos; a falta de direitos das pessoas imigrantes e racializadas; a falta de reconhecimento da violência obstétrica e de medidas para a evitar.

São estas e muitas outras as razões que fazem com que saiamos à rua no dia 8 de março.

A UMAR estará nas marchas convocadas para várias cidades por diversas associações e coletivos feministas.

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